O que me levou a escrever uma ficção cristã?

Eu já fiz alguns posts nas redes sociais no passado falando sobre eu nunca ter sido uma pessoa muito artística. E essa é a mais pura verdade. 

Talvez você se pergunte:

"Mas como assim? Você não estudou design de moda? Como nunca foi uma pessoa artística?"

Desde sempre eu gostei de moda, o que me levou a querer ser estilista quando tinha cerca de 13 ou 14 anos e isso, como você pode imaginar, me fez de fato estudar moda e ter minha própria marca de roupas durante alguns anos. 

Mas fazer roupas não quer dizer que eu era artística. Eu fugi em todas as oportunidades que tive de demonstrar algum talento nessa área. Claro que minhas roupas eram legais, tenho várias delas e ainda uso, porém não era algo que me satisfazia. 

Eu me sentia culpada por correr, correr e nunca chegar a lugar algum. Desisti de escrever no blog na época porque não tinha tempo para isso, apesar de gostar. 

Passei grande parte da faculdade lendo sobre coisas não relacionas a moda, nunca quis escrever um texto se quer que fosse artístico e não acadêmico. Acreditava que meu talento eram habilidades manuais, pois conseguia dominar bem a arte da costura. 

E sei agora que isso é um talento que Deus pode usar em nós da forma que quiser. Tem exemplos na Bíblia de pessoas que serviam a Deus com o seu trabalho e que receberam esse dom de Deus.

"Disse então o Senhor a Moisés: "Eu escolhi a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhes destreza, habilidade e plena capacidade artística para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar e esculpir pedras, para entalhar madeira e executar todo tipo de obra artesanal." (Êxodo 31:1-5)

Claro que não era esse o meu caso. Não recebi esse dom e mesmo tendo o talento natural que poderia andar de mãos dadas com o que eu podia fazer para Deus, não consegui fazer isso. Ao contrário, o talento natural me afastou de Deus e principalmente, me fez entrar mais fundo na depressão. 

Isso não é algo legal de se contar, mas foi o que aconteceu. Unindo a depressão aos problemas do mundo em 2020, mudei de ramo na costura e depois comecei estudar Teologia. Com certeza foi o ponto chave para que eu começasse me interessar pela escrita. Voltei a escrever no blog, ainda aos trancos e barrancos, porque não confiava que conseguisse criar um texto se quer. 

Devagar fui adquirindo um pouco mais de confiança, afinal, ninguém lia o que eu escrevia aqui mesmo... Mas Deus vê todas as coisas. Até que chegou uma época em que estava lendo um dos livros que fiz resenha aqui no blog, e nele falava sobre Jesus ser um contador de histórias fantástico. Ele usava as parábolas para explicar coisas de forma que as pessoas com o coração aberto pudessem entender. 

Mas na mesma época, eu estava assistindo uma série de uma garota que queria ser escritora. Loucura, não? Então eu pensei: será que posso escrever histórias também? Aí que tudo começou... 

Escrevi o primeiro capítulo de Quando Ele nos Encontra e eu não sabia nada sobre o processo de escrita de uma ficção. Apenas tinha escrito academicamente e aqui no blog, por isso a história parece um pouco incompleta se você entender um pouco sobre escrita. 

A cada capítulo era uma oração diferente para Deus me dar luz para continuar escrevendo. 😂 Não me orgulho disso... não por orar, mas por não ter planejado a história como deveria. 

Hoje sei o que pretendo fazer e sei que Deus pode me capacitar ainda mais para escrever algo digno de confiança. Porque a partir do momento que escrevo sobre Jesus, tenho a responsabilidade de não falar coisas erradas, pois isso pode levar alguém para mais longe Dele invés de perto. 

Espero que Ele me dê forças e me dê plena capacidade de escrever as próximas histórias para que Seu nome seja glorificado e mais pessoas conheçam sobre o Amor.